Lilypie Third Birthday tickers

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

António Feio - muita razão...

“Se há coisa que eu costumo dizer é: aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros. Apreciem cada momento e não deixem nada por dizer, nada por fazer.”


António Feio (1954-2010)
 
Muita razão nesta frase... muita mesmo!!! amanhã podemos não estar cá...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

TU ÉS...

Toda a minha inspiração...
Do mundo o meu grande amor...
Da canção o poema mais lindo...
Do amor és o próprio cupido...

Tu és...
A minha razão de cada amanhecer...
O meu sol de cada dia...
O meu mar nas noites de euforia...
O meu ar nas horas de calmaria...

Tu és...
O verso mais lindo...
Que o poeta não pode escrever...
O poema mais lindo que virou canção...
E hoje eu aqui como em uma aquarela...
Queria eu revelar teu nome... Amor...
Então eu digo...
AMO-TE!

domingo, 25 de julho de 2010

Alma Gémea

Um dia, no silêncio da noite,
minha alma encontrou outra,
que divagava, quem sabe
à procura da minha...
só sei que, em pouco tempo,
nossas almas se reconheceram
e descobriram que nunca mais
poderiam se separar...
Pois uma havia sido enviada
à outra como um presente
Um presente divino
Que Deus, em sua infinita
bondade, nos enviou
Posso falar com toda certeza,
Que uma alma não vive sem a outra,
são almas irmãs, irmãs de alma,
irmãs de coração , irmãs de LUZ...
Almas gémeas que tiveram
a felicidade de se encontrar
e se reconhecer...

Amo-te minha alma gémea,
tu és, com certeza, o Ser Especial
que ilumina a minha vida....

sexta-feira, 23 de julho de 2010

quinta-feira, 22 de julho de 2010

quarta-feira, 21 de julho de 2010

terça-feira, 20 de julho de 2010

Não espere...

Doces palavras de amor

Dia da Amizade - 20 de Julho

O que é um verdadeiro amigo:


Disse um soldado ao seu comandante:
-"O meu amigo não voltou do campo de batalha. Meu comandante, solicito autorização para ir buscá-lo."
Respondeu o oficial:
-"Autorização negada!" "Não quero que você arrisque a vida por um homem que, provavelmente, está morto!"
O soldado ignorando a proibição saiu e uma hora mais tarde voltou mortalmente ferido, transportando o cadáver do seu amigo.
O oficial estava furioso:
-"Eu não lhe disse que ele estava morto?!"
-"Diga - me, valia a pena ir até lá para trazer um cadáver?"
E o soldado, moribundo, respondeu:
-"Claro que sim, meu comandante!
Quando o encontrei, ele ainda estava vivo e disse-me:
- Tinha a certeza que virias!"


"Um amigo é aquele que chega quando todos já se foram."

sexta-feira, 16 de julho de 2010

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A tia preta

Pessoal,

Li no blog da cocó na fralda  um post sobre uma senhora, a "tia preta" que mora em Chelas, Lisboa, e que ajuda crianças. Neste momento é ela que precisa de ajuda...
Vejam no blog todos os detalhes desta história: http://coconafralda.blogspot.com/
Ajudem no que puderem... às vezes basta cada de um nós fazer um bocadinho... muitos bocadinhos já fará um bocado maior.
"Grão a grão enche a galinha o papo"

Obrigada :)

Amo-te!



"Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.


Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.

Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d'água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.

Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Algo do céu te mandou um presente divino : O AMOR!

Se um dia tiverem que pedir perdão um ao outro por algum motivo e, em troca, receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos e os gestos valerem mais que mil palavras, entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.

Se por algum motivo você estiver triste, se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa sofrer o seu sofrimento, chorar as suas lágrimas e enxugá-las com ternura, que coisa maravilhosa: você poderá contar com ela em qualquer momento de sua vida.

Se você conseguir, em pensamento, sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do seu lado...

Se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados...

Se você não consegue trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite...

Se você não consegue imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado...

Se você tiver a certeza que vai ver a outra envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção que vai continuar sendo louco por ela...

Se você preferir fechar os olhos, antes de ver a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida.

Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor verdadeiro.

Às vezes encontram e, por não prestarem atenção nesses sinais, deixam amor passar, sem deixá-lo acontecer verdadeiramente. É o livre-arbítrio.

Por isso, preste atenção nos sinais.

Não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida:

O AMOR !!! "
(Carlos Drummond de Andrade)
 
FELIZ PORQUE ENCONTREI :)... Há quase 11 anos :)

terça-feira, 13 de julho de 2010

Pensamento do dia... ou melhor da noite


"A esperança e a ilusão são provas do coração. Valem por si. Feliz de quem tem a coragem e imaginação suficientes para se iludir. Raios partam a cobardia vigente de quem tem tanto medo de se desiludir que se coíbe, logo à partida, de acreditar no que não esteja comprovado. Como no amor: corre-se o risco de falhar, de tudo perder, de sofrer. Mas que importa isso... se, se corre o risco de tudo conseguir ganhar?"

(Miguel Esteves Cardoso)

sábado, 10 de julho de 2010

Amizade


"A amizade é semelhante a um bom café; uma vez frio, não se aquece sem perder bastante do primeiro sabor." Immanuel Kant

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Nostalgia do passado

Como eu detesto sentir-me nostálgica…

Raramente me sinto assim… não sou uma mulher agarrada ao passado, gosto de viver o presente, planear apenas o futuro a curto (no máximo a médio) prazo! Mas neste momento sinto-me com algo por resolver no meu passado e não sei por onde começar, nem se deva começar… Que confusão!!!

Como gostava de conseguir descrever, colocar no papel, transformar em palavras o rebuliço de sentimentos que tenho dentro de mim neste momento…

O querer mas ao mesmo tempo não querer… o achar que devo e ao mesmo tempo achar que não devo…

Não sei o que fazer, não sei o que pensar!!!

O tempo não volta atrás, não é possível apagar os últimos anos (nem quero), portanto vou ter de me aguentar á bronca e esquecer… pois nada voltará a ser como era!!! Provavelmente nunca mais!

Uma amizade perdida é algo complicado e difícil… de esquecer…:(

Sim eu sei... sou uma desnaturada!!!

Sim, eu sei que sou uma desnaturada e que me desleixei com o meu querido blog e que há séculos que não coloco um post, mas não tenho andado com espírito...
Vários problemas, muito stress e principalmente muito trabalho (profissional e maternal) deixaram-me desmotivada, sem tempo e sem vontade!!!!
Agora aqui estou para me redimir e tentar começar de novo!!! Prometo que vou tentar esforçar-me mais para ver se mantenho o meu blog actualizado.

Vamos lá ver como corre!!!

Beijocas...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Pensamento da semana!



"Educação - Se os teus projectos forem para um ano, semeia o grão. Se forem para dez anos, planta uma árvore. Se forem para cem anos, educa o povo" (Provérbio chinês).

terça-feira, 18 de maio de 2010

Mas que dia...


Bem, o dia hoje começou mal e acabou ainda pior...
O pestinha portou-se mal na escola, mas mal mal mesmo.
Estavam as criaturinhas todas juntas, os 8 ou 9 miúdos da salinha dele... uma das meninas foi sentar-se ao pé dele... E que fez o senhor meu filho... embirrou que a miúda não havia de se sentar ali, como ela insistiu ele afinfou-lhe um pontapé na cara. Resultado: cara muito inchada, chamam o INEM e lá vai a criança para o hospital. Acham normal???
Agora: castigo até ver. nada de bonecos, nada de chocolates, nada de nada. E ainda vou pensar se no fim de semana sai de casa. Havia de o deixar sem TV e sem brinquedos o fim de semana todo para aprender.
Irra que isto há dias que mais valia não ter saído da cama.
E garanto-vos que hoje bem que me apetecia ter ficado na cama...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

domingo, 9 de maio de 2010

Glorioso SLB :)


SLB,
SLB,
SLB, SLB, SLB
GLORIOSO SLB
GLORIOSO SLB
Campeões 2009/2010
VIVA o BENFICA!!!!!!!!!!!!!!

Timpanograma Tipo C

Pois é, após 2 meses de tratamento lá fomos nós com o "piqueno" fazer o timpanograma, que se revelou TIPO C.

Explicação: Timpanograma tipo "C" = Tímpano retraído sugere disfunção da trompa de Eustáquio.

Após consulta com o Otorrino decidimos que vamos esperar, durante os meses de Verão muita praia, muita piscina, muitos mergulhos, mascar pastilhas elásticas e encher balões. Depois no Outono voltamos a reavaliar a situação.

Vida de mãe é muito difícil...
Desculpem ter estado ausente, mas teve mesmo de ser! Não tenho tido cabeça para estar no computador.

Beijinhos a todos :)

Deixo-vos um artigo que apesar de extenso é muito interessante para pais que têm filhos com o mesmo problema do meu.

.:: A DISFUNÇÃO TUBÁRIA E OTITES – SUAS IMPLICAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM
Sabemos que a tuba auditiva é um canal virtual que comunica a nasofaringe ao orelha média. Sua função, além de proteção e limpeza, é equilibrar a pressão da orelha média com a pressão atmosférica.
Essa função é essencial para o bom funcionamento da orelha média na transmissão do som através dos ossículos.
A obstrução ou mau funcionamento da tuba pode levar a infecções na orelha média e perda auditiva temporária, onde essa perda pode ser prejudicial à criança tanto na escola como socialmente.

A disfunção tubária e a otite média são patologias comuns na nossa prática clínica. A sua incidência em crianças pode ser explicado devido a imaturidade do funcionamento da musculatura da tuba auditiva e horizontalização da mesma, o que facilita a passagem de secreções e partículas de alimentos para a orelha média.

Como audiologistas, muitas vezes, não paramos para pensar que seqüelas essas patologias podem trazer para o paciente, principalmente crianças nos primeiros anos de vida, onde o funcionamento da audição é primordial para o desenvolvimento da linguagem e fala.
Pensando nisso é que começamos a refletir o quanto a otite média poderia influenciar na linguagem da criança e como médicos e audiologistas atuavam na sua prática diária.

Será que após o resultado de um exame, onde diagnosticamos presença de otite média ou disfunção tubária prevenimos os pais sobre as seqüelas que podem acontecer e o que eles podem fazer para que a perda auditiva, mesmo que temporária, não prejudique o desenvolvimento do seu filho?

Estamos preparados para realizarmos uma avaliação audiológica mais global, onde o paciente seja visto não só como portador de uma otite média, e sim alguém que tem um problema na audição em um período crítico, onde a percepção auditiva é primordial para o seu desenvolvimento de linguagem?

Como os otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos podem intervir para que as otites sejam diagnosticadas o mais precocemente possível?

Para responder ou pelo ao menos ajudar a entender melhor essas dúvidas, foi realizado um levantamento bibliográfico mostrando a anatomia, fisiologia e fatores que influenciam o funcionamento da tuba, a incidência das otites, o diagnóstico e características audiológicas, os tratamentos das otites e a influência da disfunção tubária e otites no desenvolvimento da linguagem e cognição.

DISCUSSÃO TEÓRICA:

A tuba auditiva, apesar de não está situada no ouvido médio, apresenta a mesma origem e unidade morfofuncional com a cavidade timpânica. O seu diâmetro no adulto é de 1 a 2mm, mas na criança é mais largo e mais horizontalizado, onde em relação ao adulto possui uma porção cartilaginosa mais curta e menos rígida.

É um tubo achatado a partir da parede anterior da cavidade timpânica, abrindo-se na parede lateral da nasofaringe com um comprimento aproximado de 37mm. A parte óssea (protímpano) é mais curta e situada no rochedo e a parte cartilaginosa perfaz 2/3 do comprimento total. A transição entre a parte óssea com a cartilaginosa, onde a tuba é mais estreita, é chamada de istmo e funciona como uma válvula.

Usualmente a tuba é fechada e se abre durante a deglutição, bocejo, espirro, permitindo que a pressão de ar do ouvido médio se equilibre com o ar atmosférico. Esse mecanismo de abertura é muscular e envolve porção cartilaginosa. Quando em repouso, gases são absorvidos dentro dos tecidos circundantes do ouvido médio, e cria uma ligeira pressão negativa no mesmo.(Ruben 1983).

A abertura da tuba auditiva ocorre através da constricção do tensor do véu palatino, onde o feixe medial do tensor do véu é responsável pela abertura da tuba e é chamado de músculo dilatador da tuba, porque na sua contração ocorre deslocamento da parede lateral no sentido latero-inferior.

O músculo elevador do véu tem uma ação passiva na abertura da tuba.

Albernaz; Ganança; Fukuda (1997) relatam que a tuba se torna permeável a entrada do ar quando há contração dos músculos elevador e tensor do tímpano, que diminuem o comprimento e aumentam o seu diâmetro .

As 3 funções fisiológicas importantes para orelha média, realizada pela tuba auditiva, é a proteção contra pressão e secreção; limpeza e ventilação para equilibrar a pressão dentro do ouvido.

Essa função de ventilação, chamada de pneumática, parece ser a mais importante, pois uma ventilação deficiente contribui para o desenvolvimento da maioria das otites médias. Além disso, o equilíbrio de pressão do ouvido médio com a pressão atmosférica é necessário para transmissão do som.

A função da tuba auditiva é menos eficiente nas crianças pequenas do que nas crianças mais velhas e adultos, talvez, porque a parede da trompa nas crianças seja mais frouxa e por isso, mais susceptível de perda auditiva, criando obstrução funcional. (Paradise 1980 e Bluestone & Cantekin 1979).

Essa pressão negativa da O.M. temporária pode levar a uma obstrução ou colapso da tuba. Se a trompa se encontra fechada começa a reabsorção de oxigênio e logo dos demais componentes. Isso diminui a pressão endotimpânica, sendo então o tímpano, tencionado para dentro, pela pressão atmosférica, podendo aparecer o extravasamento de líquidos. (Tato 1964; Jerger & Jerger 1989).

Quando o fechamento da tuba auditiva é transitório a obstrução da tuba é aguda, porém, se for uma obstrução mais prolongada a obstrução é crônica ( Thompson; Zubizarreta; Bertelli; Campos 1975).

A função anormal da Trompa de Eustáquio pode levar a surgimento da otite. Logo, saber a natureza exata desta disfunção exige um conhecimento do sistema constituído pelo palato, cavidade nasal, nasofaringe, trompa de eustáquio, ouvido médio e as células aéreas da mastóide ( Bluestone 1981)

Quando se aplica uma pressão negativa súbita no ouvido médio, como ocorre nas mudanças rápidas de pressão atmosférica na descida de um avião ou mergulho, a tuba pode ficar obstruída e impedir a passagem de ar. Do mesmo modo, se existe uma pressão negativa na parte da nasofaringe de uma tuba altamente complacente o fechamento da mesma também pode ocorrer.

Bluestone (1981) suspeita que quando a função da tuba é ineficiente o colapso da parede permanece. Neste caso, o intervalo entre as aberturas dependerá do estabelecimento de uma pressão gradiente entre a cavidade do O.M. e a nasofaringe que ajudará passivamente no seu funcionamento. Esse gradiente é alcançado justamente pela absorção de gás do O.M., que comentamos anteriormente, que resulta em uma pressão negativa.

Esse tipo de regulagem de pressão parece ser muito comum em crianças, porque tem sido identificado pressões negativas moderadas e elevadas no O.M. por meio da timpanometria em muitos que eram aparentemente normais.

Para Bess e Humes (1998) a otite média, que pode ser causada inicialmente pelo mau funcionamento da tuba, é considerada um problema econômico e de saúde importante, devido a sua prevalência, ao seu custo de tratamento, e ao potencial de complicações não médicas a longo prazo.

A otite geralmente é classificada de acordo com a duração do processo inflamatório. A otite média aguda, por exemplo, normalmente passará em todos os seus estágios de evolução em um período de 3 semanas. A doença começa com um início rápido e persiste por 1 semana ou 10 dias. Os sintomas que acompanham a O.M.A. incluem abaulamento, menbrana timpânica avermelhada, dor e infecção das vias aéreas superiores. Se essa doença persistir por 3 meses ou mais ele é chamada de otite média crônica. Os sintomas nesta otite incluem grande perfuração central do tímpano e secreção de líquido através da perfuração. A otite subaguda é quando a otite aguda persiste além do seu estado agudo, mas ainda não se tornou crônica.

A otite também pode ser classificada de acordo com o tipo de líquido que é observado pelo médico na cavidade da orelha. Se purulento ou supurativo, ele conterá glóbulos brancos, algum resíduo celular e muitas bactérias. Esse tipo de otite média aguda pode ser chamada de otite média purulenta. Quando não possui resíduo celular e bactéria é descrito como seroso, e o termo utilizado neste caso é otite média serosa. Quando o líquido é mucóide (espesso, globulos brancos e poucas bactérias e algum resíduo celular) a otite é mucóide .

FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR O FUNCIONAMENTO DA TUBA:


Existem alguns fatores que alteram o funcionamento da tuba como alergias, adenoides hipertrofiadas, barotrauma, palato fissurado, tumores na rinofaringe e fatores de desenvolvimento. ( Jerger & Jerger 1989; Albernaz; Ganança; Fukuda 1997).

A obstrução tubária parece ser de dois tipos: funcional e mecânica. A funcional poderia resultar em um colapso persistente do tubo eustaquiano devido a um aumento da complacência tubária ou de um ineficiente mecanismo de abertura ativa ou ambos.

Esse tipo de obstrução é comum em lactentes e crianças pequenas, isso porque a parte cartilaginosa da tuba é flácida, tem maior diâmetro, é muito mais horizontalizada, tornando os músculos tensores menos eficientes.

A função da tuba auditiva é ruim em crianças com otite média e em crianças com história de doença da orelha média.

O músculo responsável pela abertura e fechamento da tuba é menos eficiente em bebês e crianças pequenas. Além disso, a tuba auditiva na criança fica apenas num ângulo de 10O em relação ao plano horizontal, enquanto que no adulto esse ângulo é de 45O. Ela também é bem mais curta em bebês. Esse ângulo e comprimento reduzido na criança faz com que o líquido chegue a orelha média apartir da área nasofaringea com mais facilidade, tendo maior dificuldade para sair da cavidade do ouvido médio.

A permeabilidade pode também ser um outro tipo de disfunção funcional, onde na forma extrema, a tuba fica aberta, mesmo em repouso.

Quando a obstrução funcional provoca um aumento de pressão negativa dentro do O.M., associado ao colapso da membrana do tímpano, temos a atelectasia, que seria a retração da membrana timpânica para dentro da caixa do tímpano.

O equilíbrio de pressão entre o O.M. e a atmosfera é importante, porém a persistência de pressão negativa no ouvido com obstrução funcional da tuba, poderá resultar em uma otite média estéril com efusão (Bluestone 1981). Se existe uma alta pressão negativa no O.M. e uma grande bolha de ar penetra no O.M. a partir da nasofaringe, as secreções nasofaríngicas podem ser aspiradas para dentro do O.M., resultando em uma otite média bacteriana aguda com efusão.

A obstrução mecânica intrinseca da tuba auditiva pode ser provocada por inflamação, principalmente, das vias aéreas superiores.

Bluestone 1981, considera a obstrução nasal como uma patogenia da otite média com efusão. A deglutição, com nariz obstruído( devido a inflamação ou adenóide) resulta em uma pressão aérea nasofaringea positiva inicial, seguida por uma fase de pressão negativa. Quando a trompa é flexível, a pressão nasofaríngea positiva poderá insuflar as secreções infectadas para dentro do O.M., especialmente quando este tiver uma pressão negativa elevada. Ou ainda, em caso de pressão negativa na nasofaringe, a trompa poderia não abrir e torna-se funcionalmente obstruída. (Bluestone & Cantekin 1979).

A alergia também é considerada como um dos fatores etiológicos do surgimento das otites. Porém, o mecanismo pelo qual a alergia pode causar otite com efusão permanece hipotético e controvérsio. Alguns autores tem assumido o inchaço da mucosa associado a alergia nasal a causa da obstrução da tuba. Entretanto, não existe dados avaliados para o suporte dessa controvérsia.

Outros investigadores são da opinião que a otite média com efusão associada a alergia nasal é uma doença por si só.

As crianças com fenda palatina apresentam disfunção na tuba. A explicação seria a falta de um funcionamento adequado da musculatura responsável pela abertura da mesma. Com isso, esses pacientes ficam mais propensos a desenvolverem otites.

A fenda submucosa e a presença da úvula bífida também estão associadas a alta incidência de otite média.

Outras causas que podem levar a disfunção da tuba auditiva são algumas condições congênitas, traumáticas, neoplasticas, degenerativas, metabólcas que podem resultar em anormalidade tubal.

A síndrome de Pierre Robin, que tem presença de fenda palatina, é uma síndrome com grande probabilidade de apresentar disfunção tubária e como conseqüência o surgimento da otite. Outras síndromes como Down’s, Crouzon’s, Apert’s e Turner’s são citadas. Mesmo não tendo um estudo formal da função nesses indivíduos, acredita-se que a disfunção da tuba é a causa mais provável de tal doença no ouvido.

Mesmo na ausência de malformação craniofacial obvia, existe alguma evidência que crianças e adultos com doenças no ouvido médio tenham um defeito congênito que resulta na disfunção da tuba auditiva.

Pacientes com anormaliddes dentofaciais pode ter otite média ou desenvolver doenças do ouvido médio como resultado dessa anormalidade.

Em alguns pacientes o desvio de septo, enfraquecendo a função da tuba, tem sido reportado.

Trauma do palato, osso pterigóideo, tensor do véu palatino e tuba de eustáquio pode também resultar em função anormal da tuba auditiva. Além disso, injuria do trigêmeo, e em especial do ramo mandibular, pode resultar em obstrução da mesma.

Doenças neoplasicas, benignas ou malignas podem invadir palato e osso pterigoideo podendo interferir na função do músculo tensor do tímpano e resulta em obstrução funcional da tuba.

Doenças degenerativas, como a miastemia gravis pode alterar a função eutaquiana.
A disfunção da tuba pode ser idiopática, em alguns casos.

INCIDÊNCIA:

A otite média para Northern & Downs (1989) é comum nos 2 primeiros anos de vida e sua incidência a partir de então decresce.

A otite média serosa com efusão constitui uma das doenças mais prevalentes na infância.

A revisão dos estudos mostram que 76% à 95% de todos as crianças têm pelo ao menos um episódio de otite média até os 6 anos de idade. E a prevalência tem seu pico durante os primeiros anos de vida. (Bess e Humes 1998)

Fatores como idade, sexo, raça, estado sócio-econômico, estação e clima foram estudados e parecem ser significativos para o surgimento das otites médias.

Parece haver uma relação entre a idade do início do sintoma e a probabilidade de repetição dos episódios de otite média. As crianças que parecem ser propensas à doença da otite média e passam por 5 ou 6 surtos nos primeiros anos de vida normalmente tiveram seu primeiro episódio da doença durante seus primeiros 18 meses. Uma criança que teve o seu 1O episódio após os 18 meses de idade, a probabilidade de episódio de repetição é mais difícil. Isso significa dizer que quanto menor a criança mais chance de ter otites (Butugan e Bodar 1993)
A otite varia entre os sexos, ocorrendo mais no sexo masculino do que feminino. A incidência é mais elevada no inverno que na primavera.

Autores como Bess e Humes (1998) relatam que as otites vem atingindo proporções epidêmicas. Em crianças com menos de 6 anos a otite é motivo mais comum para consulta com um médico. Segundo o centro de doença em Atlanta, os diagnósticos de infecção do ouvido aumentou para 178% em 1975 a 1990. Em 1975, houve 10 milhões de consultas a dores de ouvido; em 1990, o número de visitas foi de 25 milhões que custaram mais de 11 milhões anualmente.

Acredita-se que nove em cada 10 crianças terão pelo ao menos uma infecção de ouvido e maioria terá pelo ao menos uma infecção aguda do ouvido até os 3 anos de idade, e mais de 1/3 de todos as crianças terão 3 infecções agudas. A maioria das autoridades acreditam que isso acontece devido a freqüência das crianças nas creches. Essas crianças têm uma prevalência muito mais alta de infecções respiratórias nas vias superiores, e subsequentemente , infecções do ouvido.

Bluestone (1981) comenta que os lactentes e crianças pequenas encontram-se no mais alto risco para aquisição de otite média, com taxa de pico de prevalência em 6 a 36 meses. A incidência é maior nos meninos, em crianças com fenda palatina e outras anomalias craniofaciais e mais elevada em brancos do que em negros.

Butugan (1990) justifica a incidência maior nos lactentes devido a predisposição dos mesmos as infecções em geral e em particular as infecções respiratórias.

Em algumas pessoas as otites de repetição pode ocorrer por um período de anos. E a otite recorrente e severa durante os 3 primeiros anos de vida podem ser associada a retardo de linguagem em algumas crianças. (Jerger & Jerger 1989).

Num estudo realizado com 86 crianças afroamericanas entre 2 a 5 anos, por Zeisel, Roberts, Neebe, Riggins, Henderson em janeiro de 1999, mostrou que a prevalência de otite média com efusão decai quando a criança fica mais velha. A proporção média dos exames demonstram otite média de efusão alcançando 12% entre 24 a 30 meses para 4% entre 54 a 60 meses. A proporção média dos exames revelaram ouvido ou audição normal bilateral aumentada para 77% de 24 a 30 meses para 80% de 54 a 60 meses. Contudo 60 crianças experenciaram otite média com efusão bilateral nos últimos 4 meses ou mais de 6 a 24 meses de vida e apenas 8 dessas crianças experenciaram nos últimos 4 meses otite média com efusão bilateral continuada entre 24 a 60 meses.

A conclusão desse estudo é que a proporção do tempo com otite média bilateral decresce progressivamente com o aumento da idade nessa população.

Já Paradise e colaboradores em recente estudo com 2253 crianças durante o primeiro ano de vida, encontrou a proporção média de otite com efusão em 20,4% das crianças e 16,6% no segundo ano de vida. O fator de risco identificado foi residência urbana, criança do sexo masculino e afro-americanas, ajuda médica como um todo, fumantes em casa e exposição repetida para largo números de crianças em creches.

O cuidado com criança tem sido identificado como um fator de risco significante para otite média em vários estudos.
Assim como, Zeisel, Roberts, Neebe, Riggins e Henderson (1999), Paradise, Rockette,Colborn, Bernard, Smith, Kurns-Lasky e Janasky (1997), concordam em seus estudos que a ocorrência de otite média é maior entre crianças urbanas e menos entre crianças suburbanas. Essa diferença foi maior nos primeiros anos de vida.
No geral a proporção média de dias com otite com efusão foi maior entre meninos que meninas como observado em outros estudos. O preto é mais propenso em ter otite que branco e incidência é maior em lugar público que particular. Peso ao nascimento, idade materna, nível socio-econômico , educação materna, índex socio-econômico e duração na amamentação são itens que podem influenciar o surgimento da otite média.

IN http://www.fonoaudiologia.com

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Sei que estou em falta!!!

Pessoal,
Sei que estou em falta e não tenho colocado nada de novo no blog mas esta semana está a ser de loucos. A Biobinha foi de férias e isto está complicado :-S LOL
Prometo que durante o fim-de-semana coloco vários posts para compensar!!!

Beijinhos :)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sol e calorzinho :)


Parece que o sol e o calorzinho vieram para ficar!!! :)
Finalmente...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Quando nada parece dar certo...



"Quando nada parece dar certo, vou ver o cortador de pedras a martelar numa rocha talvez 100 vezes, sem que uma única rachadura apareça. Mas na centésima primeira martelada a pedra abre-se em duas e eu sei que não foi aquela que conseguiu isso, mas todas as que vieram antes."

Jacob Riis

terça-feira, 20 de abril de 2010

ALICIA KEYS Doesn't Mean Anything

Um dos mais recentes videoclips de uma das minhas cantoras favoritas: Alicia Keys


Selinho!!!


Regras para passar este lindo selinho:


1- Enumerar 10 coisas que te fazem feliz;

2- A trivialidade de 5 coisas sobre mim;

3- Indicar 5 amigas para receberem o selinho;

4- Linkar o nome de quem te deu o selinho.



As minhas respostas:

10 coisas que me fazem Feliz:

1. o Sorriso do meu filho
2. o Amor do meu marido
3. o Bem-estar da minha família
4. brincar com o meu filho
5. descansar
6. namorar
7. passear
8. estar com os meus amigos
9. as minhas séries
10. férias e fins-de-semana para estar com aqueles que amo


5 coisas sobre mim:

1. adoro ser Mãe
2. adoro ter memória de "elefante"
3. detesto que me passem atestados de burrice
4. detesto quando sou ingénua
5. adoro a Vida


5 amigas para receber este selo

Infelizmente ainda não tenho amigas blogueiras suficientes para enviar este selo, pois as que tenho já têm o selo... :-S
Mas quem quiser pode levá-lo!!!!
Recebi este selinho do blog da Biobinhas http://biobinhas.blogspot.com/ (já estava em dívida).

sexta-feira, 16 de abril de 2010

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Bem-estar primaveril ou nem por isso...



Quando pensávamos que a Primavera tinha chegado para ficar e que o sol iria brilhar todos os dias...lá vêm estes dias cinzentos e de chuva.

Como nos podemos preparar para um fim de semana cinzento??
E para evitar que o nosso humor seja afectado??

"Para a directora do Clube do Optimismo, Maria do Carmo Oliveira, só a preparação pode ajudar a escapar ao mau humor causado por vários dias de temporal.

Há alguma discussão entre os especialistas sobre a influência do estado do tempo no estado de espírito. E estudos a apoiar ambas as teses: uma investigação da universidade do Michigan concluiu que o bom tempo melhora não só a disposição como a memória e a criatividade; outras relacionam o mau tempo com aumento de dores de cabeça, cansaço e sonolência; já investigadores de uma universidade de Berlim concluíram que nem a temperatura, nem o vento ou luz solar tinham um efeito significativo.
Para a psicóloga Maria do Carmo Oliveira, a chuva "tem influência" no estado de espírito, mas o seu impacto "varia muito de pessoa para pessoa". Há, no entanto, síndromes já conhecidas como a depressão de Inverno. "Se a pessoa não gosta de chuva, há depois a tendência para se fixar em tudo o que é negativo. As pessoas pensam que não há nada para fazer e acomodam-se à cama e ao sofá."
A solução é preparar uma lista de emergência com programas para estes dias: "Os chamados geradores de emoções positivas: desde ir ao cinema ou ao ginásio, a convidar amigos para jantar, para um jogo ou sessão de karaoke", explica a psicóloga."

Portanto, não podemos desanimar.. toca a planear já hoje o que fazer no próximo fim-de-semana pois, ao que parece, o mau tempo veio para ficar... pelo menos até domingo :(



quarta-feira, 14 de abril de 2010

Reflexão



“Did you say it? 'I love you. I don't ever want to live without you. You changed my life.' Did you say it?
Make a plan.
Set a goal.
Work toward it, but every now and then, look around; Drink it in 'cause this is it.
It might all be gone tomorrow."


(Meredith Grey in Grey’s Anatomy)

terça-feira, 13 de abril de 2010

Muitos beijinhos


Dia do Beijo :)
Muitos beijinhos a todos!
Hoje fui lambuzada com beijinhos fofos do meu filhote... que bom :)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Dias como o de hoje... que venham muitos :)



Hoje foi um dia calmo... Apesar de algum stress no trabalho (se não houvesse é que seria de estranhar, lol), ao final da tarde quando fui buscar o pestinha à escola fiquei muito feliz: portou-se bem, comeu, estava a fazer um desenho para me presentear, o qual me entregou logo assim que me viu dizendo:
- Mamã, fiz um prenda para ti, gostas? :)
Bem é um desenho de uma criança de 2 anos e meio que, com a pressa de me ver, esqueceu-se que a mãe tem pernas e nem reparou que além disso tinha ainda um braço deficiente, LOL. No entanto foi um desenho dado com tanto amor e com tanta felicidade que me encheu de orgulho por ser mãe desta criatura linda.
A caminho de casa, contou-me como correra o dia e que tinha muitas saudades minhas.
Em casa portou-se bem, ajudou-me a fazer o jantar e comeu tudinho.
Banho e cama :)

Agora, após todos estes acontecimentos, estou aqui a escrever-vos e a pensar como me sinto feliz, orgulhosa, apaixonada... pelo filho e pelo pai também (CLARO!), e em como tenho sorte por ter tudo o que tenho.

Obrigada meus amores lindos :)

domingo, 11 de abril de 2010

Excelente artigo

Olá ,

Acabei de ler mais um excelente artigo na Mãe IOL que não posso deixar de partilhar:

O lado mais difícil da maternidade




2009/04/30
Ana Esteves

Quem tem filhos tem cadilhos, diz o povo. Fomos procurá-los. Se espera um olhar politicamente correcto da maternidade, este texto não é para si

Perguntámos a seis mães, de várias idades, com um, dois, três ou quatro filhos, apenas com filhos pequenos ou mães de adolescentes, qual era a maior dificuldade que encontram enquanto mães. É fácil falar do maravilhoso que é ter filhos. Mas, neste dia da Mãe, decidimos prestar-lhes homenagem, mostrando o mais difícil. Deixamos-lhe um Top das dificuldades apontadas pela nossa pequena amostra. Se pensava que o pior eram as noites sem dormir, é porque não tem filhos...



Sentimentos de culpa
Começam logo com o teste positivo: «E aquela cerveja que eu bebi anteontem? Como é que eu fui capaz?» Mas isto é só um cheirinho. Durante a gravidez fazemos um estágio de vários sentimentos, sendo a culpa, claro, um dos mais experimentados. Tal como mais tarde, eu diria, no resto da nossa vida.
A culpa é insidiosa, entranha-se... quase sem darmos conta já estamos novamente possuídas por ela. Faz parte da nossa cultura. E, se reparar bem, ela estará presente em cada uma das dificuldades apontadas pelas mães que deram o seu testemunho.
Patrícia, com uma filha de dois anos, considera que a culpa é um dos piores inimigos da maternidade. «No outro dia, dei por mim a pensar que não me apetecia nada ir buscá-la à escola. Calhou pensar em voz alta e quem estava ao pé de mim disse logo Tadinha da tua filha. Enchi-me de culpa, pois claro!. Não era que que não me apetecesse ir buscá-la nunca mais. Era só, uma vez por outra, poder sair do trabalho calmamente e ir à minha vida, sem ter de pensar em mais ninguém.», confessa.
«Esta coisa de ter que adorar os filhos acima de tudo é uma das coisas que mais me irrita. Claro que eu adoro a minha filha acima de tudo, mas ter de estar sempre apregoar isso aos quatro ventos e nunca poder dizer alto estou farta dela sem ouvir comentários recriminatórios, deixa-me um bocado irritada. Principalmente quando leio extensas e floreadas declarações de amor, um pouco por todo o lado, de mães que só vivem para os filhos e que não se cansam de dizer que a vida delas só tem sentido por causa deles. Eu, apesar de ter uma filha maravilhosa, continuo sem encontrar o sentido da vida e essas conversas deixam-me insegura. Parece que põem em causa o amor que sinto pela minha filha», conclui.

O inferno são os outros
«O que mais me irrita na maternidade são as certezas das mães (incluindo as mães todas da família e alguns pais). As opiniões, a falta de abertura para as opções individuais. Já fui rotulada de ansiosa, fundamentalista, excessivamente informada e de distraída e demasiado liberal. Eu sabia disto antes de ser mãe, o que não sabia era que isso me ia afectar tanto. Afinei várias vezes com comentários destes», conta Joana E., com dois filhos (uma menina de cinco anos e um bebé de quatro meses).
Os outros fazem-nos também ter de lidar com as incontornáveis comparações. E isso pode não ser nada fácil. «Surpreendeu-me o facto de não ser completamente indiferente às comparações de desenvolvimento com filhos de amigos», confessa Joana E. «Com o segundo não, mas com a primeira, o atraso dela (pequeníssimo, ridículo) em algumas coisas fazia-me doer o coração. Aconteceu isso em relação a aspectos físicos, como a altura (ela diminuiu várias vezes de percentil), e de desenvolvimento, (a fala, por exemplo).»
Sara, mãe de duas meninas (seis e três anos) também aponta como um dos maiores espinhos da missão de mãe a obrigatoriedade de lidar com as opiniões alheias: «Uma das primeiras dificuldades com que me deparei foi conciliar o meu instinto com as recomendações médicas - o peso que não aumentava segundo as tabelas confrontado com o meu desejo e confiança instintiva que podia e conseguia alimentar o meu bébé ¿ é o primeiro exemplo de muitos.»
No seu caso, a experiência deu a vitória ao instinto: «Ao fim de muitas cabeçadas na parede, aprendi que a palavra de médico não é lei, que diferentes médicos têm diferentes ideias e que, no meio de tudo, o meu instinto de mãe é o melhor guia para tomar uma decisão.»


Não ter liberdade nem tempo para mim
«Uma mãe nunca mais é livre! E essa sensação de ter ficado presa para sempre, às vezes incomoda...», considera Mariana, mãe de quatro filhos com idades entre os sete e os 15 anos. É das tais coisas que não é politicamente correcto confessar. Mas por aqui, já nos deixámos disso. «Tira-me do sério dar por mim a pensar que se não fossem eles podia fazer muito mais coisas e, a seguir, sentir-me horrível por ter sido capaz de pensar isso», acrescenta.
«A falta de tempo para mim: é muito, muito, muito pior do que eu pensava», declara Patrícia. «Por muitas contas que faça não dá, não existe forma de ter tempo para mim.
De manhã, tomar banho em condições é uma luta. Ultimamente, tenho de pô-la a ver televisão para conseguir tomar um banho a correr. Tomar o pequeno-almoço sentada é coisa que nunca mais aconteceu.», lamenta-se. «Até já li alguns livros desde que ela nasceu (dois ou três, vá). A falta de tempo é nas pequenas coisas, como o banho, comer descansada, ou apenas ficar sem pensar em nada. Sinto sempre esta enorme responsabilidade e é mais difícil descontrair, relaxar. Parece que tenho sempre alguma coisa para fazer, para pensar, para resolver (e tenho)».
Acreditar na vida para além dos filhos, às vezes, é mesmo uma questão de fé. O trabalho pode esperar... e namorar? «Pior do que não ter tempo para mim, é não haver tempo para o casal. Andamos os dois muito cansados e já chegámos ao fim do dia a reparar que ainda não tínhamos dado um único beijo, coisa impensável antes de ela nascer», conta Patrícia.


O cansaço pode fazer-nos ver tudo cinzento
«Se eu tivesse que definir um verdadeiro inimigo da maternidade eu diria o cansaço», afirma Joana C., mãe de um bebé de um ano e cheia de vontade de ter o segundo. «Eu preciso de dormir pelo menos oito ou nove horas por dia, caso contrário fico insuportável. Se nesses momentos não temos ao lado pessoas que teimam em sorrir, o pai, os avós, um colo pronto para ajudar, tudo pode ser mais cinzento, mais difícil. Porque o cansaço, ele sim é que nos pode fazer gritar e por momentos esquecer como é maravilhoso ser mãe», considera.


Educar não é fácil
Por vezes, pomos tudo em causa. Olhamos para o nosso filho no chão a fazer uma birra, ou amuado a um canto, ou insuportavelmente mal-criado e pensamos que estamos a fazer tudo mal (lá vem a culpa outra vez).
«O processo de educar uma criança tem sido um desafio, e por vezes sinto que falho redondamente», reconhece Sara. «Precisei de aprender que a maternidade é feita de vitórias tanto como de fracassos, que nunca se consegue ser uma mãe perfeita. Por vezes temos mesmo de fazer de mau da fita, por muito que nos doa o coração», acrescenta.
Joana partilha desta dificuldade: «Foi muito difícil aceitar que não conseguia lidar com as birras e que perdia facilmente a paciência. Hoje sinto que não tenho capacidade para evitar os amuos e as particularidaes da personalidade da minha filha.»


A angústia da separação
Não é só uma fase do desenvolvimento infantil. Há muitas mães que não conseguem ultrapassá-la. «A primeira vez que fiquei duas noites sozinha longe de casa desde que sou mãe senti uma sensação estranhíssima», recorda Catarina, mãe de três rapazes (com 10, seis e três anos). «À noite, deitada na cama, senti que tinha uma existência individual, que era um ser independente e autónomo. Que eu também existia para além deles... Só durou a primeira noite. Na segunda, chorei que me fartei com saudades deles. Mas eu sou viciada em maternidade, não não sou um exemplo de bom-senso.»

In IOL Mãe: a sua revista online

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A visita ao Zoomarine + artigo para reflectir

Olá,

Hoje foi o dia da visita da escolinha do meu filho ao Zoomarine!
Contra todas as vontades familiares (incluindo o pai) eu impus a minha autoridade de mãe e decidi que o meu rebento ia participar nesta viagem escolar.
A minha mãe rezou a todos os santos, o meu marido andou o dia preocupado e eu senti-me estranha por não estar preocupada. Estava feliz por saber que ele foi na sua primeira viagem de autocarro, a primeira saída com a escolinha, a primeira vez que faria uma viagem sem nós. Estava radiante por ele e incrivelmente calma.
Correu tudo bem, segundo a educadora portou-se mais ou menos (já não é mau :p) e ele veio para casa mais feliz que nunca. O que mais se podia esperar???
Que venha a próxima!!!! :)

Entretanto gostaria de deixar-vos um artigo que li hoje na revista online Mãe IOL.

Mães que trabalham em part-time têm filhos mais saudáveis... do que as que trabalham a tempo inteiro, mas também do que as que se dedicam exclusivamente à família.
 
Um estudo realizado na Austrália cruzou vários indicadores de saúde de 4500 crianças com o envolvimento laboral das mães. A conclusão a que chegou aponta para que os filhos de mulheres que trabalham em part-time são mais saudáveis do que aqueles cujas mães trabalham a tempo inteiro ou do que aqueles cujas mães estão em casa. As crianças foram analisados aos quatro e cinco anos e depois novamente aos seis e sete.

«As mães trabalhadoras criam crianças sedentárias?» é a pergunta que dá título ao estudo, desenvolvido no Melbourne's Murdoch Children's Research Institute. A resposta parece ser afirmativa, sobretudo para as mães que trabalham mais de 34 horas por semana.
As crianças cujas mães trabalham em part-time comem menos «comida de plástico», vêm menos televisão, têm hábitos mais saudáveis e, logo, menos probabilidades de virem a tornar-se gordas. Por outro lado, estas mães parecem fazer um investimento real no sentido de tornar tempo de qualidade aquele que passam com os filhos.
Não ficaram claras as razões por que as crianças cujas mães se dedicam em exclsivo aos filhos e à gestão familiar não são tão saudáveis como os filhos das que trabalham em part-time. Será precisa uma análise mais profunda à dinâmica das famílias para entender esse resultado.
O estudo será publicado na próxima edição do Journal of Social Science and Medicine.
Os resultados contradizem os de outro estudo recente, realizado no Institute of Child Health, em Londres. Segundo esta investigação, que analisou dados de 12500 crianças com cinco anos de idade (participantes no grande estudo epidmiológico UK Millennium Cohort Study, aquelas cujas mães trabalhavam a tempo inteiro ou em part-time tinham hábitos alimentares menos saudáveis do que aquelas que cujas mães estavam em casa.

In IOL Mãe: a sua revista online

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Há dias...que nem sei o que me apetece fazer...!

Bem, há dias que esta criatura vinda do espaço (ou sei lá de onde) se transforma num monstrinho que só dá vontade de o enviar de volta para o seu planeta, de férias prolongadas!
Irra, haja paciência!!!
A birra hoje começou assim que eu entrei na escola para o ir buscar, já atrasada e quase quase na hora de fecho, e encontro-o vermelho, suado de tanto correr e pular, já quase rouco de gritar... Eu entro e ele começa a correr e a dizer "espera mamã, não quero ir para casa". Pudera... com aquelas correrias e com a brincadeira que lá ia. A educadora diz que esteve duas vezes de castigo mas que da parte da tarde até se tinha portado bem. Devia estar á espera da mãe para começar o festival!!!
Esperei meia hora que a criaturinha se decidisse a ir embora, mas cheguei ao meu limite, agarrei-o e sem volta a dar disse "JÁ CHEGA...VAMOS EMBORA".
Mal saímos pela porta começa a esbracejar, a espernear, aos gritos "não quero ir para casa, quero ficar na escola", e eu firmemente a segurá-lo e a tentar ter paciência...
Entramos no carro, sento-o na cadeira... começa a loucura... "vai-te embora, não gosto de ti, não quero ir para casa" e empurra-me... tentando morder-me manda-me calar... E pronto o limite chegou ao seu extremo, levou uma palmada, dois gritos e entro no carro já desorientada :(
Continua a chorar mais uns minutos...
Eu conduzo calada, a pensar que mal terei eu feito para merecer isto... depois de um dia de trabalho e de ter ido a abrir para o ir buscar, ansiosa por chegar, para o abraçar pois estou a morrer de saudades... levar com uma cena destas...
Estava eu perdida nos meus pensamentos, já nem o ouvia, nem me apercebia se ainda chorava ou se já estava calado... quando derrepente oiço: "mamã fala, fala comigo, já não és minha amiga?"
E pronto, este coração de mãe "amoleceu" na hora, no entanto sem dar parte de fraca digo: "sou tua amiga mas estou triste contigo".
E o diálogo entre mãe e filho começou finalmente:
- Oh mamã, não fiques triste comigo. Eu vou portar bem!
- Oh filho dizes sempre isso e depois portas-te mal. Era preciso uma cena daquelas?
- Não
- Então o que se passou?
- Nada. Olha mãe, um carro amarelo???
- Não me respondeste. O que se passou? - digo eu sem ligar à conversa do carro amarelo
- Mamã, vamos às compras hoje?
Calo-me. Percebo que, como sempre está a tentar dar a volta à situação para não me ouvir, para não ser repreendido.
- Mamã, falaaa!
- Prometes que te vais portar bem? E que não fazes mais birras?
- Sim, eu vou portar bem! Posso ver bonecos em casa?
- Não! o castigo é... quando há birras não há bonecos!
- Eu vou portar bem mamã!!!!

E agora digam-me, uma criatura de 2 anos e meio, com uma conversação destas, com aquela cara de anjo traquinas, com aqueles olhos verdes lindos... como é que se resiste a esse charme???
Sim, sou coerente nos castigos, tendo que seja um castigo justo e adequado à idade dele, mas não volto atrás nunca.. não cedo nunca! Por mais que às vezes, olhe para ele e quase não resista... Depois penso não pode ser, já disse está dito!
Lamento meu filho, mas é para o teu bem! Um dia vais entender!

Adoro-te pestinha do meu coração :)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Ser Mãe

Li este poema há algum tempo num fórum e resolvi partilhá-lo.

"Mãe...!

Escolhida por Deus
Escolhida para guardar, dentro de si, o dom da vida.
Escolhida para cultivar com carinho as sementes do futuro.
Escolhida para dar à luz aquele pequeno ser que durante todo o sempre
irá simbolizar o que há de mais importante e precioso em sua existência...
Escolhida para ser capaz de viver e de sonhar,
de aprender e de viver, de proteger e de mudar,
de dizer e de calar, de sofrer e de lutar,
de vencer e de acreditar, de sorrir e de chorar.
Obrigada meu Deus, por permitir-me ser Mãe!"

Apenas eu!

Ora bem... vamos lá começar!
Há muito tempo que pensava em criar um blog onde pudesse expor ideias, colocar em palavras todos os meus sentimentos e pensamentos... mas existia a eterna indecisão... o NOME do blog.
Eu dizia que tinha de ser original, tinha de se identificar comigo, tinha de ser o "tal". Aquele nome que, tal como o nome de um filho, o descreva por si só, esclareça sobre o objectivo do blog, pois afinal de contas, o que é um blog senão um filho, de quem temos de cuidar diariamente, amar, dar atenção, mimar e dar o melhor de nós para que ele cresça e se desenvolva.
Como já devem ter reparado o nome do blog não é original e está muito longe de ser o "tal" mas... identifica-se comigo, pois aqui pretendo colocar um pouco de mim, do meu "eu, do meu "agitado" dia-a-dia de mulher, mãe, profissional e dona-de-casa (vários trabalhos em que apenas um é remunerado).

Prometo que vou dar o meu melhor para cuidar deste blog como cuido do meu filho.

Espero que gostem :)